quinta-feira, 24 de setembro de 2009

TP6 (1ª Parte): Oficina em SFA/Estado e LuciaraMT

No dia 21 de setembro de dois mil e nove, realizei uma oficina de quatro horas com três professoras do município de São Félix do Araguaia-MT das escolas estaduais da sede. Eu e as professoras desempenhamos apenas dois itens do roteiro planejado. Percebi que as professoras não conseguiram ler todo o material, ou seja, as duas primeiras unidades do TP6 (21 e 22). Apresentei os pontos-destaque da Unidade 21, inclusive uma atividade de cada seção que correspondia à teoria discutida. Na Seção 2, quando recordamos os tipos de argumentos, as professoras declararam ser um conteúdo novo, mas que auxilia bastante o autor de texto argumentativo. Também conciliamos a conversa com o Ampliando as Referências, texto teórico de Fiorin e Savioli sobre Argumentação. Em seguida, assistimos ao filme Narradores de Javé, pois na oficina passada não foi possível, já que houve falta de energia por mais de duas horas. A discussão da análise feita por Maria Aparecida Bergamaschi ficou para o próximo encontro, dia 28 de setembro, nas próximas quatro horas (das 18h às 22h).
No dia 23 de setembro de dois mil e nove, realizei a oficina do TP6, primeira parte, com a duração de oito horas, estando presentes os seis cursistas e a coordenadora pedagógica do Gestar II do município como ouvinte. Iniciamos fazendo uma abordagem restrospectiva das duas unidades (21 e 22) como executado na oficina em São Félix do Araguaia. Quando estávamos interagindo sobre os tipos de argumentos, cinco dos seis cursistas afirmaram não ter anteriormente conhecimento desse conteúdo e perceberam que essa classificação auxilia o professor na mediação da produção textual argumentativa, porque, como disse uma das professoras, "nós ficamos muitas vezes perdidos quando falamos de que há necessidade da existência dos argumentos numa conceituação geral e não específica deles". Esse conteúdo facilitou na aplicação de atividades em sala de aula que abrangiam a argumentação, principalmente na produção de textos publicitários. Em seguida, lemos e tecemos comentários a partir de um texto/artigo de Maria Beatriz Ferreira intitulado “Considerações sobre as práticas da produção e da reestruturação textual”. Um texto conciso e claro sobre os procedimentos de mediação do professor em relação aos alunos quando da produção textual. Ela apresenta os fatores textuais, externos (contexto de uso) e internos (marcas linguísticas) para que o texto seja uma unidade significativa. Conteúdo abordado no TP5. Logo em seguida, a autora apresenta outros critérios a serem trabalhados na reestruturação do texto (também estudados no TP6) como: uso adequado de parágrafos, uso adequado dos sinais de pontuação, observação das regras de flexão e concordância, observação das regras ortográficas e de acentuação. Interessante é que a autora do artigo diz que:
"Não adianta constatar tais problemas ou dificuldades, se não forem proporcionadas aos alunos situações que os levem a refletir sobre o que erraram e sobre as diferentes possibilidades de expressarem o que desejam dentro dos parâmetros convencionais."
O que mais nos chama a atenção é o fato de termos que assumir como professores o desafio de um trabalho, assumindo uma postura dialógica com os nossos alunos a fim de que assumam a autoria de seus textos, entendendo que “ser autor significa produzir com e para o outro”. Quanto à proposta da oficina 11 do TP6, fiz uma alteração. Resolvi aplicar o trabalho de reestruturação e revisão, obedecendo ao mesmo objetivo proposto pela oficina só que a partir do trabalho que desenvolvemos na formação em Cuiabá, no mês de agosto/2009. O texto de revisão de aluno para encontrar nível de letramento, hipóteses para o processo de escrita, estratégias para a escrita e elaboração de pequena tabela de correção. Foi um trabalho feito por dois grupos (quatro e três componentes). O resultado foi positivo na socialização. Compreenderam bem a proposta e ficaram de reproduzir uma cópia para cada um de nós a ser entregue no próximo encontro, quando finalizaremos o TP6. O fechamento do encontro foi a socialização das atividades em sala de aula. Como os nossos encontros estão muito próximos, porque se não for assim, não conseguiremos fechar o programa até o final do mês de novembro, os professores têm tido dificuldades de aplicar os Avançando na Prática e fizeram atividades do AAA6professor. Segundo os relatos, a maioria trabalhou com textos publicitários: Defendendo idéias, p. 15; Organizar e defender idéias, p. 17 (dois cursistas), nessa houve interdisciplinaridade com a área de conhecimento da Matemática, quando precisaram vender o tênis por cinco salários mínimos, dividindo em vinte parcelas a fim de que o consumidor não percebesse o valor alto do produto. Os alunos resistiam no início ao planejamento da atividade. Mas a professora insistiu bastante, argumentando sobre os aspectos positivos e a importância de se planejar a escrita. Outras atividades trabalhadas: Construa as suas próprias estratégias, p. 59 (dois cursistas); Uma história maluca, p. 65. Trabalharam com desenhos e revistas em folhas de A4 e cartolinas. Alguns não finalizaram ainda as atividades e a conclusão será apresentada no próximo encontro. Os professores estavam ansiosos por socializar os cartazes, principalmente porque os seus próprios filhos são alunos dos colegas cursistas. A respeito do portfólio, uma das professoras percebeu a importância da reflexão a partir dos trabalhos dos alunos. Reforcei que era isso mesmo. O portfólio é uma mescla de relatório e relato com reflexões a partir da teoria e da prática em sala de aula. Eu mesma já cresci sobre isso, quando avalio os primeiros relatos no início do programa Gestar II e os últimos relatos escritos. Ainda há professores com dificuldades para fazer essa leitura reflexiva. Em todos os encontros, reforço a necessidade da reflexão em cada prática pedagógica. No próximo encontro, haverá a visita pedagógica e a oficina de finalização do TP6.

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