No dia vinte e nove de agosto de dois mil e nove, estive em Bom Jesus do Araguaia-MT a fim de realizar a oficina do Gestar II, TP5, Unidades 17 e 18, com a presença de treze cursistas (onze professores da área de Língua Portuguesa e duas professoras com ensino médio). Iniciamos a oficina com a duração de oito horas, trabalhando a atividade Construindo Histórias – AAA5a, p. 25, com o objetivo de reconhecer os recursos expressivos relacionados à enunciação (componentes semânticos). Os cursistas perceberam a importância de mediar com os alunos no surgimento de dificuldade em encontrar palavras que façam sentido no texto, possibilitando-lhe a rima e a sonoridade. Fizemos ainda outra atividade O sentido do texto – AAA5a, p. 49, procurando identifica como se constrói a unidade de sentido nos textos. Os professores consideraram mais fácil essa atividade que ajuda o leitor a pensar e a compreender melhor o sentido do texto. Tecemos uma discussão do Ampliando as referências, p. 54-59 da TP, enfatizando os significados e a compreensão para os termos “palavras reais e instrumentos gramaticais”, “a fantasia das palavras” e a “parafantasia”, relacionand-os às questões respondidas. Os professores em grupos (três), analisaram o texto publicitário como proposta de oficina no caderno de teoria e prática com base nas páginas 89, 94 e 255. Relacionaram os sentidos construídos pela linguagem verbal e não verbal, percebendo a coerência entre elas, inclusive que uma complementa a outra e sozinhas não causariam o mesmo impacto produzindo pela junção das duas. Dentre os conceitos enfatizados, a coerência tem a ver com a boa formação do texto se há possibilidade de articular as informações trazidas por ele. Se é fácil perceber a formação do texto também é atribuir-lhe a interpretabilidade. Essa coerência está comunicável com a finalidade que lhe é proposta: convencer o leitor de que a empresa está beneficiando a nação brasileira, adotando a política do meio ambiente, a responsabilidade social. O efeito de sentido mais forte foi percebido no fragmento “verde, amarelo, azul e branco”, pois ressalta as riquezas do Brasil e a relação com “a defesa do patrimônio de todos os brasileiros” e o não emprego do adjetivo “brasileira”, que causaria menos força semântica e cognitiva. No turno da tarde, apresente o arquivo Pérolasdeprovas do programa televisivo de Jô Soares. Comentamos os aspectos referentes ao conhecimento de mundo e experiências prévias falhos nos enunciados dos estudantes. Apresentei slide sobre ESTILO E COERÊNCIA, alternando com a apresentação do vídeo Trem de Ferro com análise da atividade, p. 18 a 23 (TP) e do vídeo Turma da Mônica – Chico Bento no shopping. Finalizamos o encontro com uma roda de conversa sobre o desenvolvimento das propostas dos Avançando na prática das unidades 17 e 18 e o recolhimento dos relatórios e atividades desenvolvidas:1) TP5, p. 40 (dois cursistas) – Ler o texto e citar palavras e as motivações que os alunos sentem nelas. 2) TP5, p. 82 – Exercitar o raciocínio com jogos de quebra-cabeças com figuras. 3) TP5, p. 105 (cinco cursistas) – Escrever diálogos em uma história em quadrinhos ou tirinha. Nessa atividade, professores comentaram sobre a interação que houve, porque havia colegas (alunos do campo) que não tinham conhecimento aprofundado desse gênero e os próprios colegas auxiliavam explicando sobre o que se tratava. Também houve adaptações como a atividade ser antecedida pela dinâmica do “telefone sem fio”, na construção de diálogos numa narrativa feita pelos grupos (alunos do oitavo ano). 4) AAA5a, p. 21 (dois cursistas) – Brincando com os sons/Reconhecer os recursos expressivos ligados aos sons das palavras (nível fonético). Uma das professoras ficou deslumbrada e surpresa com o resultado da atividade. Relatou que utilizou praticamente todo o AAA5 com os seus alunos do sexto ao nono ano. O resultado do trabalho será postado no blog. Os que não relataram, solicitaram para fechar no próximo encontro quando concluiremos o TP5, Unidades 19 e 20. Após os relatos, vistei os TPs e dei algumas sugestões a respeito da elaboração dos projetos para aqueles que ainda tinha dúvidas, principalmente a importância da fundamentação teórica, como item imprescindível do projeto. Essa turma me surpreende a cada encontro. O cansaço nem foi fator marcante nessa viagem. O trabalho, o empenho e a dedicação com o trabalho e estudo do TP me revigoraram as forças físicas e emotivas, porque não está sendo fácil para nós esse deslocamento que antes era mensal e agora pela urgência do tempo/limite para a conclusão da formação será duas vezes no mês para cada uma das turmas. Mas como li numa reportagem sobre o estresse, é o estresse saudável que nos impulsiona para levantar da cama e fazer o trabalho de que precisamos realizar como seres humanos e cidadãos prontos a cooperar com o sonho de cada um daqueles que nos rodeiam, no nosso caso, o sonho de uma educação com qualidade no sentido literal e não utópico de ser.
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