SALA DE EDUCADOR DA EE JUSCELINO KUBITSCHEK, LUCIARA-MT – 25/05/2011
FORMAÇÃO – PORTFÓLIO – INSTRUMENTO DE AVALIAÇÃO E TRABALHO PEDAGÓGICO
OBJETIVO
Possibilitar que os participantes do grupo reflitam sobre a historicidade, o conceito, a finalidade e a prática pedagógica do portfólio como instrumento de avaliação e trabalho pedagógico.
CONTEÚDOS:
Portólio: historicidade, conceito, finalidade e prática pedagógica
MATERIAL NECESSÁRIO: Cópias dos textos e das atividades, mídia e caixa de som para dois vídeos: o que é portfólio e blog, um portfólio digital)
ETAPA 1 - ACOLHIDA
ETAPA 2 – ELEMENTOS DE HISTORICIDADE
TEXTO 1 Portfólios como instrumentos de avaliação dos processos de ensinagem, de Leonir Pessate Alves (UNERJ), (pp. 1-2): Elementos de historicidade: a) Difusão – década de 90, nos EUA; b) Modalidade de avaliação retirada do campo das artes para o desenvolvimento das inteligências artísticas; c) O conceito surgiu na história das artes – conjunto de trabalhos de um artista que comprove o trabalho individual exemplar e a capacidade criadora e artística; d) Constitui-se de diversas nomenclaturas – porta-fólios, processo-fólios, diários de bordo, dossiê -, e algumas classificações – portfólio particular, de aprendizagem, demonstrativo e webfólio; e) EUA – utilizam como avaliação formativa e somativa, EUROPA – utilizam como instrumento de acompanhamento e melhoria do ensino, PORTUGAL – utilizam ainda como objeto de reflexão quanto às vantagens e às limitações que o portfólio apresenta na aprendizagem, BRASIL – não há tradição de sua utilização, na Educação Superior, alguns professores de cursos de formação docente o utilizam para registro de ações e reflexões especialmente no Estágio Supervisionado e na Educação Básica, há o acompanhamento do desenvolvimento das aprendizagens especialmente na Educação Infantil sem levar em consideração o acompanhamento do desempenho do professor e também não há muitas publicações dos resultados conquistados.
ETAPA 3 – O QUE É UM PORTFÓLIO?
TEXTO 2 Portfólio, avaliação e trabalho pedagógico, de Benigna Maria de Freitas Villas Boas (books.google.com.br): “Em educação, o portfólio apresenta várias possibilidades; uma delas é a sua construção pelo aluno. Nesse caso, o portfólio é uma coleção de suas produções, as quais apresentam as evidências de sua aprendizagem. É organizado por ele próprio para que ele e o professor, em conjunto, possam acompanhar o seu progresso” (2008, p. 38) O portfólio é uma seleção de trabalhos que dele fazem parte por meio da autoavaliação crítica e cuidadosa, “que envolve o julgamento da qualidade da produção e das estratégias de aprendizagens utilizadas.” (2008, p. 39) Essa qualidade está na interação professor-aluno, aluno-aluno e refelexaõ de trabalho individual e em equipe, durante a apresentação de portfólios pelos colegas, por meio do confronto da produção com os objetivos da avaliação.
TEXTO 3 Os portfólios e os processos de ensinagem, Amélia Hamze (UNIFEB/CETEC – Barretos): Cita Fernando (2000, p. 166): “'... um continente de diferentes tipos de documentos (anotações pessoais, experiências de aula, trabalhos pontuais, controles de aprendizagem, conexões com outros temas fora da escola, representações visuais, etc)...'”, “[...] são trabalhos ilustrativos dos alunos. Representam o seu pensamento, sentimento, a sua maneira de agir; as suas competências e habilidades e a maneira como colocou em prática o seu trabalho acadêmico.”
ETAPA 4 – PORTFÓLIO? POR QUÊ? PARA QUÊ?
TEXTO 1 Portfólios como instrumentos de avaliação dos processos de ensinagem, de Leonir Pessate Alves (UNERJ), (p.3):
a) Oferece oportunidade de refletir sobre o progresso dos estudantes em sua compreensão da realidade;
b) Possibilita introduzir mudanças necessárias imediatas;
c) Permite ao professor considerar o trabalho não de forma pontual, mas no contexto do ensino e como uma atividade complexa baseada em elementos de aprendizagem que se encontram relacionados;
d) Permite que a ação de aprendizagem seja algo que lhe pertence.
TEXTO 2 Portfólio, avaliação e trabalho pedagógico, de Benigna Maria de Freitas Villas Boas (books.google.com.br): Finalidade de documentar ações e reflexões, proporcionar uma visão integral do conhecimento formal do educando e sua atuação na aprendizagem das diferentes áreas curriculares, assim como o seu desenvolvimento no campo comportamental e sua evolução na área pessoa e educacional. A autora cita Barton e Collins (1997). Para eles, o desenvolvimento do portfólio tem sete características essenciais:
a) Múltiplos recursos – Permitem avaliar variedade de evidências;
b) Autenticidade – As produções dos alunos se articulam ao trabalho em desenvolvimento;
c) Forma dinâmica de avaliação – Constata o desenvolvimento as mudanças dos alunos ao longo do tempo;
d) Explicitação dos seus propósitos – Antes de seu início, os alunos conhecem o que se espera deles;
e) Integração – As evidências de aprendizagens selecionadas estabelecem correspondência entre as atividades escolares e as experiências de vida;
f) Pertencimento do trabalho ao aluno – Cada portfólio é criação única, porque o próprio aluno escolhe as produções que incluirá e insere reflexões sobre o desenvolvimento de sua aprendizagem;
g) Natureza proposital do portfólio – Ele avalia o trabalho pedagógico usando as mesmas evidências para avaliar a aprendizagem dos alunos.
ETAPA 5 – PORTFÓLIO: PRINCÍPIOS NORTEADORES
TEXTO 2 Portfólio, avaliação e trabalho pedagógico, de Benigna Maria de Freitas Villas Boas (books.google.com.br):
a) Construção – Feita pelo próprio aluno, possibilitando-lhe fazer escolhas e tomar decisões. Obs.: 1) Se é a primeira vez, é necessário bastante preparo, pois implantar e implementar esse instrumento requer estudo referencial teórico antes do início do trabalho. 2) O portfólio não substitui a prova porque ambos são procedimentos de avaliação e a prova não tem condições de avaliar toda a aprendizagem, que se dá por meio de diferentes linguagens. Ela pode ser incluída no portfólio;
b) Reflexão – A maneira como o estudante explica seu próprio processo de aprendizagem, como dialoga com os problemas e temas da série e os momentos-chave em que o estudante considera em que medida superou ou localizou um problema que dificulta ou permite continuar aprendendo. Obs.: ver exemplos no TEXTO 1 Portfólios como instrumentos de avaliação dos processos de ensinagem, de Leonir Pessate Alves (UNERJ), (p.3);
c) Criatividade – Contribuições de Castanho (2000), citado pela autora: “sensibilidade aos problemas (o que permite notar as sutilezas, o pouco comum, as necessidades e os defeitos nas coisas e nas pessoas; estado de receptividade (manifestando que o pensamento está aberto e é fluente); mobilidade (capacidade de adaptar-se rapidamente a novas situações); originalidade (propriedade considerada suspeita pela ordem social e uma das mais importantes do pensamento divergente (criador)); atitude para transformar e redeterminar (atitude de transformar, estabelecer novas determinações dos materiais diante dos novos empregos); análise (ou faculdade de abstração por meio da qual passamos da percepção sincrética das coisas à determinação dos detalhes; permite reconhecer as menores diferenças para descobrir a originalidade e a individualidade); síntese (consiste em reunir vários objetos ou partes de objetos para lhes dar um novo significado); organização coerente (é por meio dessa atitude que o homem organiza seus pensamentos, sua sensibilidade, sua capacidade de percepção com sua personalidade)” (p. 52);
d) Autoavaliação – Capacidade de avaliar seu desempenho com o objetivo de avançar sempre. “[...] o processo pelo qual o aluno analisa continuamente as atividades desenvolvidas e em desenvolvimento e registra suas percepções e seus sentimentos. Essa análise leva em conta o que ele já aprendeu, o que ainda não aprendeu, os aspectos facilitadores e os dificultadores do seu trabalho, tomando como referência os objetivos da aprendizagem e os critérios de avaliação.” (p. 53). Não visa à atribuições de notas ou menções pelo aluno. Não tem esse propósito. (Ver vídeo)
ETAPA 6 – PORTFÓLIOS: ALUNO/PROFESSOR
TEXTO 4 Como fazer um portfólio?, de Agrupamento de Escolas D. Domingos Jardo (Biblioteca escolar) (PDF)
TEXTO 1 Portfólios como instrumentos de avaliação dos processos de ensinagem (Portfólios do professor), de Leonir Pessate Alves (UNERJ), (p. 6-7)
TEXTO 5 Documentos em ordem (Portfólios para avaliação), de Amanda Polato (Gestão Escolar: http://revistaescola.abril.com.br)
ETAPA 7 – PORTFÓLIO: RECURSOS PEDAGÓGICOS
PASTAS/ÁLBUNS
WEBFÓLIO: TEXTO 1 Portfólios como instrumentos de avaliação dos processos de ensinagem (Webfólio), de Leonir Pessate Alves (UNERJ), (p. 6)
BLOG: TEXTO 6 Blogs: um recurso e uma estratégia pedagógica (Os blogs como portfólio digital) de Maria João Gomes (PDF)
ETAPA 8 – PORTFÓLIO: INDAGAÇÕES
TEXTO 2 Portfólio, avaliação e trabalho pedagógico, de Benigna Maria de Freitas Villas Boas (books.google.com.br):
1- A implantação desse tipo de procedimento pode ser feita por um professor, por parte deles ou deve ser feita por todo o corpo docente da escola?
2- É possível a um professor individualmente, sem a participação dos colegas, desenvolver o portfólio como procedimento de avaliação?
3- No caso de um professor desenvolver sozinho um determinado tipo de trabalho, onde ele pode encontrar ajuda?
ETAPA 9 – AVALIAÇÃO DA OFICINA
É hora de avaliar o encontro. Todos terão a oportunidade de expressar oralmente as aprendizagens adquiridas com os estudos e as atividades desenvolvidas: expectativas alcançadas, o que deu e o que não deu certo, o que precisa melhorar.
JudiTe Ferreira Souza
Vale ressaltar que o grupo entendeu que poderá iniciar esse trabalho com portfólio a partir do blog que a escola já possui, ou seja, fazer postagens com os resultados de sua prática pedagógica em sala de aula. Aliás, esse foi o encaminhamento feito a fim de relacionar teoria e prática do que solicita o presente projeto Sala de Educador da escola quanto ao entendimento do que é portfólio e como aplicá-lo na EEJK: cada professor postará no blog uma aula que foi atrativa, interessante e produtiva até o final de junho/2011.
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