SALA DE EDUCADOR DA EE HUMBERTO CASTELO BRANCO – 24/05/2011
OFICINA – GÊNEROS TEXTUAIS E SEQUÊNCIA DIDÁTICA
OBJETIVO GERAL
Possibilitar que os participantes do grupo reflitam sobre o que são sequências didáticas, por que e como usá-las no ensino de gêneros textuais em sala de aula.
CONTEÚDOS
Gêneros textuais privilegiados nas disciplinas
Sequência Didática
MATERIAL NECESSÁRIO: Cópias dos textos e das atividades; Papel pardo, pincel atômico, fita adesiva
1 – ACOLHIDA (Tempo estimado: 15’)
2 – A PRODUÇÃO TEXTUAL EM SALA DE AULA (Tempo estimado: 30’)
Objetivos Específicos
Mapear como o professor trabalha com produção textual em sala de aula;
Possibilitar que o professor reflita sobre a proposta de trabalho.
1 - Convidar os professores a relembrarem uma situação de produção de texto com os alunos. Perguntar: a) Como se deu sua interação com os alunos? b) Que tipo de atividades propôs para a turma escrever? Convidá-los para compartilhar essa experiência.
2 - Observar se as falas revelam que os alunos escreviam a partir de um título, um tema, uma imagem, sem atividades prévias para se iniciar o trabalho de produção, ou seja, se a proposta de escrita era apenas um motivo para a produção de gêneros escolares, como o relato de fim de semana, relato de passeio, resumo de aula e outros voltados para o treino de gramática e ortografia. Outro aspecto a considerar na reflexão que fizer com os professores é se as propostas de escrita tinha vinculação com outros gêneros discursivos, não escolares. Aqui é importante considerar que a escola faz parte da sociedade e tem uma clara função de organizar o conhecimento que circula fora dela. Portanto, os gêneros que a escola produz são sociais, circulam socialmente, já que ele é uma espaço social. Nesse momento, é importante distinguir os gêneros escolares dos não escolares como os literários, os jornalísticos, os científicos, os instrutivos, etc.
2 - Observar se as falas revelam que os alunos escreviam a partir de um título, um tema, uma imagem, sem atividades prévias para se iniciar o trabalho de produção, ou seja, se a proposta de escrita era apenas um motivo para a produção de gêneros escolares, como o relato de fim de semana, relato de passeio, resumo de aula e outros voltados para o treino de gramática e ortografia. Outro aspecto a considerar na reflexão que fizer com os professores é se as propostas de escrita tinha vinculação com outros gêneros discursivos, não escolares. Aqui é importante considerar que a escola faz parte da sociedade e tem uma clara função de organizar o conhecimento que circula fora dela. Portanto, os gêneros que a escola produz são sociais, circulam socialmente, já que ele é uma espaço social. Nesse momento, é importante distinguir os gêneros escolares dos não escolares como os literários, os jornalísticos, os científicos, os instrutivos, etc.
3 - Verificar também se há representações em que a escrita é vista como trabalho, que envolve um fazer e refazer, ou se a escrita tem uso e função social, estabelece interlocução entre autor e leitor (motivo que ele tem para escrever, para quem ele vai escrever, onde seu texto será lido e o gênero que utilizará na escrita do texto).
4 – Comentar que a escolha da abordagem de ensino de língua por meio de gêneros textuais não é aleatória. As referências mais atuais sobre um ensino eficaz estão nos Parâmetros Curriculares Nacionais produzidos pelo MEC e nas OCs do Estado. Eles recomendam que o aluno trabalhe na escola com uma ampla diversidade de gêneros de textos, literários e não literários, orais e escritos, e que leia, discuta e escreva com finalidades definidas, para ouvintes e leitores de dentro e de fora da escola que, de alguma forma, deem uma resposta ao que ele escreveu.
Os textos produzidos nessas condições ficam muito mais significativos do que aqueles feitos para a troca exclusiva com o professor, para obtenção de uma nota. Com a perspectiva de comunicação mais ampla e objetiva, os textos dos alunos deixam de ser uma escrita tipicamente escolar e passam a ser uma escrita produzida na escola, mas com significado extraescolar, tanto para quem escreve como para quem lê.
3 – POR QUE TRABALHAR COM SEQUÊNCIA DIDÁTICA? (Tempo estimado: 90')
Os textos produzidos nessas condições ficam muito mais significativos do que aqueles feitos para a troca exclusiva com o professor, para obtenção de uma nota. Com a perspectiva de comunicação mais ampla e objetiva, os textos dos alunos deixam de ser uma escrita tipicamente escolar e passam a ser uma escrita produzida na escola, mas com significado extraescolar, tanto para quem escreve como para quem lê.
3 – POR QUE TRABALHAR COM SEQUÊNCIA DIDÁTICA? (Tempo estimado: 90')
Objetivos Específicos
Pensar sobre como e por que trabalhar com sequência didática.
Conhecer os objetivos de cada etapa da sequência didática.
1 – Teste
Contar para os participantes que nesta etapa vamos refletir juntos sobre como organizar o ensino da produção de texto na perspectiva de gêneros. Convidá-los a responderem um teste. Explicar que a intenção não é verificar quem sabe mais ou menos, mas sim ativar os conhecimentos prévios sobre as etapas de uma sequência didática. Ao final, comparar as respostas e apresentar as alternativas corretas.
2 - Questões em grupo
Convidar os participantes a refletirem sobre a importância da sequência didática para o trabalho com gêneros textuais. Para nortear a discussão, organizar a turma em duplas e entregar a cada uma delas uma questão para reflexão. Ao final, fazer uma roda de conversa sobre as conclusões das duplas.
Questões
1. O que são sequências didáticas?
2. As sequências didáticas são usadas somente para o ensino de Língua Portuguesa?
3. O que é preciso para realizar sequências didáticas para os diferentes gêneros textuais?
4. Quais as etapas de realização e aplicação de uma sequência didática de gêneros textuais?
3 – Leitura
Fazer a leitura comentada do texto Sequência didática e ensino de gêneros textuais e do texto Escolhendo gêneros textuais para ensinar na escola, ambos de autoria de Heloísa Amaral. Em seguida, pedir para cada grupo reler sua resposta, identificando o quanto ela se aproxima ou se distancia das ideias apresentadas nos textos.
4 – LEITURA, COMPREENSÃO E ANÁLISE (Tempo estimado: 90’)
A) TEXTOS QUE ABORDAM GÊNEROS TEXTUAIS PRIVILEGIADOS NA DISCIPLINA
B) SEQUÊNCIA DIDÁTICA
Objetivos Específicos
Incentivar o planejamento e a execução de sequência didática na disciplina que o professor atua.
1 - Para aprofundar o conhecimento das etapas que compõem a sequência didática, os professores analisarão sequências didáticas nas disciplinas que atuam. Uma boa forma de ensinar gêneros textuais é organizar uma sequência didática: um conjunto de atividades articuladas entre si, planejadas para ensinar um conteúdo passo a passo.
2 - Nesse Sala de Educador, a proposta é fazer uma reflexão mais detalhada das etapas em uma sequência didática da disciplina que o professor atua.
5 – TABELA COM OS GÊNEROS PRIVILEGIADOS EM CADA DISCIPLINA (Tempo estimado: 30’)
Nesta etapa, os professores preencherão a tabela com os gêneros privilegiados em sua disciplina de atuação a fim de que o grupo possa visualizar a transdisciplinaridade da Língua Portuguesa nas demais disciplinas e como os gêneros se diversificam.
6 – SOCIALIZAÇÃO DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS NO GRUPO MAIOR (Tempo estimado: 90’)
Nesse momento, todos socializarão o que responderam no roteiro de questões referente à leitura, à compreensão e à análise da sequência didática de sua disciplina. Os professores serão desafiados a aplicarem em sala de aula a sequência didática analisada com suas devidas alterações e/ou adaptações a fim de avaliarem a eficiência dessa estratégia de ensino e posteriormente trocarem experiências com os colegas no Sala de Educador para que percebam que a leitura e a escrita estão sendo praticadas através da sequência didática e do ensino de gêneros textuais.
7 – AVALIAÇÃO DA OFICINA (Tempo estimado: 15’)
É hora de avaliar o encontro. Todos terão a oportunidade de expressar oralmente as aprendizagens adquiridas com os estudos e as atividades desenvolvidas: expectativas alcançadas, o que deu e o que não deu certo, o que precisa melhorar.
FONTE:
JudiTe Ferreira Souza
O roteiro teve 95% de execução seguindo cada item sugerido, apenas sofrendo algumas adaptações por causa de discussões que se prolongaram além do que estava estimado no tempo. Como exemplo, o texto "Escolhendo gêneros textuais para ensinar na escola", de Heloísa Amaral, apenas apresentei as ideias-chave e entreguei-o para cada professor fazer uma leitura posterior.
ResponderExcluirQuero destacar que ao final do encontro, houve o seguinte encaminhamento para a transposição da teoria em prática: com a sequência didática sugerida de sua disciplina em mãos, cada professor aplicará a sequência em sala de aula, fazendo suas adaptações e/ou alterações como achar necessário. O resultado da aula, sua avaliação serão socializados no Sala de Educador, na segunda quinzena de junho/2011.
ResponderExcluir