quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Olimpíada de Língua Portuguesa - EE Humberto Castelo Branco (Luciara-MT): Texto Vencedor do Gênero Memórias Literárias. Parabéns, professora Elissandra!


SAUDADE DO TEMPO PASSADO

Foi fácil relembrar os tempos passados do Senhor Pedro, apenas com algumas perguntas ele foi logo falando de seu passado com um jeito carinhoso, amoroso e direto.
Eu não tive uma infância dos sonhos, mas a minha foi muito boa que hoje sinto saudade daquele tempo. Quando era pequeno morava no sertão, trabalhava na roça a semana inteira. Quando era final de semana meu pai me deixava  brincar com meus amigos, mas não podia demorar, então brincava e não demorava, logo voltava para casa.
Lembro-me quando era tempo de lua cheia eu e meus amigos fazíamos um plano para fazer a nossas brincadeiras. Papai não deixava sair à noite porque podia ter perigo na estrada. Era aí que nosso plano entrava em ação. Combinava de sair depois que papai deitava. Ele deitava cedo para no outro dia ir para a roça. Íamos para o quarto fingíamos estar dormindo, quando não escutávamos mais nenhum barulho, abríamos a janela bem devagar para não fazer barulho, se não eles acordavam e o no plano não daria certo.
Então, eu e meus irmãos pulávamos bem de mansinho no chão, quando passava da porteira pegava carreira, saía correndo, “perna pra que te quero”, quando chegava ao local combinado, meus amigos e as meninas já estavam lá esperando. Pegava a lenha quase tínhamos tirado durante o dia e fazíamos a fogueira, sentávamos ao redor com aquela noite tão linda, que clareava tudo.
Esperávamos a lua descer, quando ficava bem claro apagava a fogueira e deixava que a lua iluminasse. Então começava a brincadeira, pegava um cipó e começava a cantar, quando parava a música parava o cipó, se parasse na mão de uma menina ou menino eles tinham que falar de quem gostava e se um deles quisesse eles davam um beijo de lado e assim ia a brincadeira noite a dentro. Que brincadeira boa! Quando acabava, pegávamos a lenha e escondíamos e depois íamos para casa.
Chegávamos na ponta dos pés, abríamos a janela devagar para não fazer barulho, pulava e depois deitava. Ao amanhecer o dia todo mundo ficava dormindo, meu pai chegava gritando, acordava todos mandava levantar para “quebrar o jejum”  e ir trabalhar na roça. Com muito sono íamos para papai não desconfiar. Dormíamos no trabalho, meu pai nos acordava dizendo: -  acorda menino, parece que a noite foi curta! Mas não desconfiava de nada. E assim foi indo... Os anos se passaram e tudo ia se repetindo. Assim o fim não tem fim porque enquanto eu for vivo a minha história nunca vai deixar de ser dita e jamais vou esquecer essa infância.
Me empolguei com a infância do Senhor Pedro que mais  parecia que eu tinha vivido essa história.
          
          Aluna : Carolaine Borges Luz (7ª "A")
          Entrevistado: Sr. Pedro
                        

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