terça-feira, 4 de agosto de 2009

OFICINA DO TP4 (TURMAS I E III): SÃO FÉLIX DO ARAGUAIA-MT

O mês de julho está bem marcado pelas intempéries das temporadas de praia, recesso escolar (quinze dias), final de bimestre, viagens para a casa de familiares em outros estados como Tocantins e Goiás, professores do município conhecendo outro programa do governo (Escola Ativa), professores assistindo a aulas da faculdade e não podendo de forma alguma faltar (aulas dadas em módulos), viagens das formadoras do Gestar II para fazer seletivo do Cefapro e depois uma formação de quarenta horas em Cuiabá-MT. E por aí vão-se os motivos, acredito nada banais...
Não foi nada fácil realizarmos as oficinas. Diante de tantos contratempos, acreditamos que não seria má ideia reunirmos em um só dia duas turmas, ou seja, mais ou menos trinta cursistas de uma única vez. Foi um desastre. Trabalhei o TP4 com apenas nove cursistas das duas turmas. Uma professora que frente a essas dificuldades considero heroína veio sozinha do seu município, para não faltar ao encontro e lá são seis cursistas que estão no Gestar II.
Bem, vamos ao que interessa...
Produzi vários slides tematizando todo o TP4: Leitura e Processos de Escrita I. Nos slides, coloquei conceitos importantes de cada seção, destaquei uma atividade que considerei importante de cada seção e um avançando na prática de cada unidade. Quando abordava os Avançando na Prática, aqueles que coincidiam com os trabalhados pelos professores eram socializados para o grupo. No percurso das apresentações, refletíamos sobre os avanços e as dificuldades encontradas no estudo e na aplicação do TP4. Os professores declararam que o TP era mais denso, mais profundo e mais complexo. Nós sabemos que quando chega a hora de ler e escrever, nós mesmos educadores somos pegos no flagra. Não lemos e nem escrevemos como deveríamos. E como exigir de nossos alunos tal aplicação e produtividade!
Os Avançando na Prática que se destacaram: planejamento sobre o tema diversidade cultural – festa (Avançando na Prática p. 50-51), cuja produção do convite foi um sucesso, porém quando chegou a hora da produção da reportagem, alguns alunos trouxeram uma notícia. Alguns professores não sabiam como proceder. Apenas aceitaram a notícia sem retornar uma correção para a reportagem. Considerei a importância de mostrar os dois gêneros e fazer um quadro comparativo entre os dois a fim de que os alunos pudessem distinguir com sucesso as características de cada um. Por outro lado, houve professores que fizeram uma adaptação. Trouxeram para as turmas um palestrante que explanasse sobre a importância da cultura, particularizando as festas locais, como a festa junina, a festa do peão de boiadeiro e a festa de vaquejada. Em seguida, produziram convites e elaboraram um relatório sobre a palestra. Segundo os professores (dois) que trabalharam essa proposta em conjunto, “os alunos adoraram a ideia”.
O Avançando na Prática da p. 172-173 também teve o seu lugar, quando da produção de um breve texto narrativo contando um caso corriqueiro escolhido pelos alunos, e professores perceberam a necessidade de mais prática relacionada a imprecisão da coerência na execução da atividade.
Outro Avançando na Prática (AP) em destaque foi a elaboração de cartões postais para serem enviados uns para os outros (p.194-196). Esse foi um sucesso! Houve interdisciplinaridade com a professora de Ciências Naturais que deu destaque ao tema “Animais em extinção”. Os alunos (aqueles que tinham acesso na escola) pesquisaram na internet animais do cerrado brasileiro com o risco de serem extintos. Obedeceram ao passo a passo do AP. Os alunos deveriam observar os hábitos alimentares e tudo o que considerassem importante sobre os animais em foco. Para um dos professores “a aula foi fantástica” e não escondeu a sua surpresa quanto à boa receptividade de cada aluno e que interessante, não queriam entregar o trabalho ao professor!
O grupo construiu propostas de interpretação de texto e formulação de perguntas de interpretação para as turmas a partir do poema “Cidadezinha qualquer”, de Carlos Drummond de Andrade. Como foi feita atividade em um só grupo, acompanhei todo o processo: as dúvidas, as reescritas, as discussões, as idéias, etc. Não houve tempo suficiente para uma avaliação detalhada do encontro. Mas as reclamações maiores coincidiram com os contratempos mencionados no início do relatório.
À tarde, iniciamos com o texto reflexivo “Amor: a única força criativa”, o qual reflete a importância do sentimento do professor para com os alunos e o efeito que isso traz para o seu futuro. Demos sequência aos slides, pontuando conceitos sobre as perguntas que se devem fazer ao texto, a observância da estrutura, uma reflexão produtiva do Ampliando nossas referências “Por que meu aluno não lê?” e uma boa discussão sobre as crenças, teorias e fazeres da produção textual.
Os AP já foram citados acima com os AP das duas primeiras unidades. Partimos então para a execução da proposta para a Oficina 8. Com interesse, o grupo elaborou as duas aulas sequenciais, abordando a imagem baseada em um anúncio de uma fundação estadunidense que trabalha com crianças que vivem em bairros de periferia. Essas atividades serão enviadas via e-mail para cada um dos professores e serão postadas no blog.

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