sexta-feira, 7 de agosto de 2009

OFICINA DO TP4: LUCIARA-MT (TURMA II)

No dia seis de agosto de dois mil e nove, realizamos, eu e Caroline, oficinas no município de Luciara-MT. Apliquei a oficina do TP4. Havia cinco cursistas dos seis que fazem a formação e a senhora Eldina, como ouvinte e que é a Coordenadora do Gestar II no município. Apresentei os slides tematizando o TP4: Leitura e Processos de Escrita I. Da mesma forma que apliquei com as Turmas I e III, assim fiz com essa turma. Quando abordava os Avançando na Prática, aqueles que coincidiam com os trabalhados pelos professores eram socializados para o grupo. No percurso das apresentações, refletíamos sobre os avanços e as dificuldades encontradas no estudo e na aplicação do TP4. Os professores declararam que o TP era mais profundo e mais complexo e afirmaram que a unidade que trata do processo de leitura foi muito proveitosa para a aprendizagem pedagógica de cada um. Os professores me surpreenderam com o preenchimento total de seus TPs. O Avançando na Prática que se destacou: Escrita de um texto informativo a partir da observação de uma festa local, (TP4, p. 41). Vou comentar um dos relatórios. A professora cursista apontou como objetivo: observar e discutir eventos e formas de funcionamento da cultura local e relacionar a escrita com as práticas de cultura local. Com uma seqüência de aulas didáticas: discussão sobre as festas locais (festa junina, bumba meu boi, festa da padroeira, festival de praia), a leitura do texto Festa junina, de Sávia Dumont, produções textuais (convite para a festa junina, texto informativo. Segundo a professora EGC (Luciara-MT), os alunos “produziram o texto informativo sem muita dificuldade, mas ainda os alunos não conseguiram superar as dificuldades de escrita, pois apresentam muitos erros lingüísticos em suas produções. Considero que o resultado da atividade foi significativo, alcançando os objetivos da aula. A seguir, transcrevo um exemplo de um dos textos produzidos por um dos alunos (Turma de Superação, cf. Escola Ciclada) da professora: “As 6:00 h do dia 26 de junho sexta-feira, devi-se inicia a festa junina da escola onde estudo estava muito bonita, bem organisada tinha muitas coisas bonita ficou mais bonita quando os meninos dançavam, tinha três grupos para dança um cada vez, tinha muita coisa boa tinha barraca que vendia pipoca, doce, ametuim, mane pelado, e muito mais. E também tinha cama elástica o meu sobri ante pulou também, tinha espetinho também o pau-de-cebo que não podinha fauta. O mais legal foi a cadeia do amor e cadeia do Iferno estava tam bonito e muito animado e muito bom o mais legal foi a utima gradrilha que dança o mais bonito que teve casamento e muito mais foi muito bom a festa junina da escola.” (Transcrito fiel ao texto original). O grupo construiu propostas de interpretação de texto e formulação de perguntas de interpretação para as turmas a partir do poema “Cidadezinha qualquer”, de Carlos Drummond de Andrade. A atividade construída foi a seguinte:
METODOLOGIA
1 – Conversar com os alunos sobre o autor, a época em que ele escreveu o poema que vai ser lido, o lugar onde nasceu e sobre o que está falando o poema.
2 – Levantar hipóteses sobre o texto.
3 – Leitura do poema:
• Leitura silenciosa
• Leitura em voz alta feita pelo professor
4 – Ouvir a opinião do aluno sobre o poema:
• Gostaram ou não do poema?
• É difícil ou não?
5 – Relacionar o poema com algum lugar semelhante.
6 – Observar a estrutura do texto (estrofe, rima, ritmo...)
7 – Discussão sobre o poema:
• Observar como são usados os verbos.
• Como é apresentada a figura do homem e da mulher no poema?
• Que significações a expressão “besta” traz no poema?
• Discutir o verso do poema: “devagar... as janelas olham.”
8 – Convidar os alunos a fazerem uma leitura em voz alta do poema (jogral, dramatizada...)
9 – Formar grupos para que criem, através do desenho, representações das cenas do poema.
10 – Socialização da leitura dramatizada e dos desenhos.
SUGESTÃO: 9º ANO
À tarde, iniciamos com o texto reflexivo “Amor: a única força criativa”, o qual reflete a importância do sentimento do professor para com os alunos e o efeito que isso traz para o seu futuro. Demos sequência aos slides, pontuando conceitos sobre as perguntas que se devem fazer ao texto, a observância da estrutura, uma reflexão produtiva do Ampliando nossas referências “Por que meu aluno não lê?” e uma boa discussão sobre as crenças, teorias e fazeres da produção textual. Todos os professores participaram com interesse. O grupo elaborou as duas aulas sequenciais, abordando a imagem baseada em um anúncio de uma fundação estadunidense que trabalha com crianças que vivem em bairros de periferia. A atividade foi a seguinte:
TURMA: 9º ANO
OBJETIVO: Perceber a escrita como prática comunicativa.
METODOLOGIA:
1- Apresentar as imagens aos alunos e levantar os seguintes questionamentos.
a) Que profissões a imagem apresenta?
b) Observe como está caracterizada cada criança.
c) Que outras profissões você acrescentaria à imagem?
d) Que profissões você considera importantes?
2- Planejamento do cartaz
Redigir um texto de propaganda relacionado à imagem e à finalidade da Fundação. Deve ser um texto com função apelativa.
Socializar os anúncios para os colegas.
3- Produção de carta coletiva a um profissional da cidade escolhido pela turma, contendo perguntas que esclareçam a curiosidade sobre a escolha da profissão, o que faz, como se prepara.
Avaliamos o encontro e percebemos que a proposta da oficina da tarde tem menos rendimento, primeiro por causa do tempo que parece fica menor e os professores demonstram um pouco de cansaço e a produção cai em qualidade em relação à atividade elaborada na oficina feita pela manhã. Discutimos a possibilidade de na próxima oficina à tarde, começarmos com a execução da proposta e depois relatarmos os AP. Procedi finalmente com os encaminhamentos do TP5, provocando curiosidade para as temáticas do caderno.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

LinkWithin

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...